MAZUCA DA QUIXABA, lançamento do CD

  A PISADA é ESSA

Primeiro álbum do grupo mescla canções autorais e de domínio público

http://mazucadaquixaba.blogspot.com/ 

FOLHA DE PERNAMBUCO

Priscilla Aguiar

A Terça Negra de hoje contará com a apresentação do Grupo Mazuca da Quixaba, que lançará o CD “A Pisada é Essa”. O evento é realizado no Pátio de São Pedro e tem início às 20h. Este é o primeiro CD do Grupo Mazuca, conhecido pela tradição em dança folclórica, com direito a rimas e batidas de pés para acompanhar o ritmo. Entre os compontes estão nomes como Joana D’arc, Mariana, Jhayanna, Vanessa, Ivan, Felipe, Edinei, Leo e Rico. “A apresentação e, sobretudo, o lançamento do nosso CD representa  o nosso trabalho realizado, principalmente na Terça Negra, que é um espaço aberto para a cultura”, destacou Joana D’arc.

O Maracatu Porto Rico e dois grupos de afoxés de Pernambuco também se apresentarão hoje no palco da Terça Negra. Segundo Joana, o Grupo Mazuca foi criado com o intuito de resgatar a historia contada por velhos mestres da jurema e misturar som a pisada do coco de terreiro, criando uma manifestação semelhante a dos pretos do gongo.

JONAL DO COMMERCIO

Mazuca da Quixaba divulga ritmo negro em disco.         Por Ingrid Melo

Primeiro álbum do grupo, A pisada é essa mescla canções autorais e de domínio público

http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cultura/musica/noticia/2011/04/26/mazuca-da-quixaba-divulga-ritmo-negro-em-disco-2718.php

Em um país onde um político afirma em rede nacional que seus filhos não correm o risco de se casar com uma negra porque foram bem educados é fácil acreditar quando Joana D’Arc, do terreiro de Ylê Oxum D’ym, no Pina, diz que sofreu muito preconceito com a música que faz ­- essencialmente negra. 
Por isso que ela se emociona tanto ao falar do CD A pisada é essa, que o grupo que comanda, Mazuca da Quixaba, lança nesta terça-feira (26/04), às 20h, na Terça Negra do Pátio de São Pedro.  “Tentamos apoio diversas vezes, mas o espaço dado à música afro no País ainda é pequeno, embora esteja aumentando”, conta ela.
Foram cinco anos até conseguir, por meio do Funcultura, lançar as 12 faixas que compõem o primeiro disco do grupo, marcado pela mistura da mazuca (tradicional dança folclórica que se assemelha a uma manifestação dos pretos do gongo) e do coco. No repertório, estão músicas autorais e consagradas nos terreiros de umbanda. “Nosso objetivo é divulgar a cultura negra e levar nossa música do terreiro para o palco.  
Queremos manter viva nossa tradição e por fim ao preconceito que nos circunda”, afirma Joana.

As canções são dançantes e carregam a tradição de quem tem muita história para contar. Da fofoca às lembranças da escravidão, tudo é abordado nas letras, que vibram na voz forte de Joana. Talvez por ouvir essas músicas desde pequena, quando, ao final dos ritos religiosos que marcam a crença da Jurema Sagrada, dançava a mazuca e o samba de Angola, acompanhada dos sete integrantes que a ela se juntam no grupo.
“O CD é uma grande conquista e não há lugar melhor para lançá-lo do que a Terça Negra, onde pisamos no palco pela primeira vez. Mas também vamos fazer lançamento no Ylê Oxum D’ym, próximo dia 13, data que marcou a assinatura da Lei Áurea e o passo inicial para pôr fim ao racismo, em 1888”, lembra a vocalista

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